Ucraniana é morta a facadas em trem após Justiça liberar suspeito preso 14 vezes nos EUA

Ucraniana é morta a facadas em trem após Justiça liberar suspeito preso 14 vezes nos EUA
ANCE

Charlotte (EUA) — O que era para ser uma viagem de trem leve comum terminou como um pesadelo grotesco na sexta-feira, 22 de agosto de 2025. A jovem ucraniana Iryna Zarutska, de apenas 23 anos, que trocou os horrores da guerra em sua terra natal pela promessa de refúgio em solo americano, foi brutalmente assassinada a facadas dentro de um vagão, enquanto olhava distraidamente para o celular.

O autor do ataque, Decarlos Brown Jr., 34 anos, é praticamente um velho conhecido das autoridades: já foi preso 14 vezes por crimes variados, incluindo roubo e agressão, além de acumular diagnósticos psiquiátricos — entre eles, esquizofrenia. Na prática, um candidato perfeito para estar longe das ruas. Mas não: a Justiça americana, em sua infalível benevolência, preferiu liberá-lo recentemente, mesmo diante de episódios que beiravam o delírio. Em janeiro, por exemplo, Brown chegou a afirmar que alguém teria implantado “material” em seu corpo para controlá-lo. Um detalhe que, aparentemente, não foi suficiente para convencê-lo a ganhar um tratamento sério ou uma cela.

O desfecho? Uma jovem morta, um ataque racista verbalizado logo após o crime — e um sistema inteiro fingindo surpresa.

O caso reacende o debate sobre a (in)segurança no transporte público dos EUA, já que pesquisas recentes mostram que boa parte da população já não se sente segura em ônibus, trens e estações. Com razão: episódios como esse se repetem com frequência perturbadora, transformando trajetórias cotidianas em roletas-russas.

A morte de Iryna, que fugiu da guerra para acabar vítima da violência urbana americana, é um retrato cruel: um país que se apresenta como refúgio, mas que falha miseravelmente em proteger os mais vulneráveis — enquanto reincidentes perigosos continuam circulando livremente, como se nada tivesse acontecido.

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